domingo, 18 de março de 2018

Daltonismo

Sintomas


  Em alguns casos, os sintomas podem variar e serem pouco perceptíveis, no entanto, é comum o diagnóstico ocorrer na idade escolar das crianças. Os pais e professores devem ficar atentos se elas apresentarem dificuldade em distinguir as cores ou a incapacidade de ver tons da mesma cor. Raramente, o daltonismo também pode provocar movimentos oculares rápidos.

Diagnostico



 Ao suspeitar de problemas para distinguir certas cores básicas, deve-se consultar um oftalmologista para ser realizado um diagnóstico concreto e as possíveis causas para ter a doença. É importante que crianças recebam exames oftalmológicos antes de começar a escola.

 Existem quatro métodos para diagnosticar a presença do daltonismo e determinar a forma que a doença está afetando a percepção das cores no paciente. São eles:


Anomaloscópio de Nagel:

  Consiste em um aparelho que emite uma luz amarela na metade do campo visual, enquanto a outra metade é iluminada por diversas luzes monocromáticas verdes e vermelhas. O paciente deverá mexer nos botões de ajuste e tentar igualar as tonalidades dos dois campos visuais, alterando a intensidade das cores. Através da comparação entre a tonalidade real das cores e a visualizada pelo paciente, o médico determinará o grau e o tipo de daltonismo.

Lãs de Holmgreen:

 Consiste em pequenas lãs coloridas pintadas em cores ligeiramente diferentes, que o paciente deverá separá-las em grupos conforme determinado em um gabarito. O laudo médico é determinado de acordo com a distorção da ordem das cores.

Teste de cores de Ishihara:

  O teste de cores de Ishihara é o principal método utilizado para diagnosticar a doença e consiste no uso de cartões pontilhados em várias tonalidades diferentes. Letras, números ou figuras geométricas no caso de crianças não alfabetizadas são desenhados no centro do cartão, que contém vários círculos feitos de cores diferentes das cores situadas em sua proximidade. A figura do centro é facilmente identificada pelas pessoas com visão normal, porém um daltônico terá dificuldade em visualizá-las.









Daltonismo

Tratamento e cura



  O daltonismo não evolui, porém ainda não apresenta cura ou tratamento específico para os portadores do distúrbio. Entretanto, existem medidas que podem melhorar as limitações de visão dos pacientes, são elas: 

Óculos e lentes especiais

  Existem óculos e lentes especiais para daltônicos que agem de forma seletiva quanto à passagem de luz, melhorando a percepção e distinção de cores semelhantes. 

Ferramentas

 Ferramentas feitas de filtros coloridos que, ao olhar através delas, mais cores poderão ser distinguidas. Podem ser utilizados, em algumas tarefas específicas, em determinadas profissões ou para auxiliar em situações no cotidiano. 

Prevenção:

  Caso tenha algum histórico familiar de daltonismo, crianças devem ser testadas para garantir se não são portadoras da doença, uma vez que os pacientes podem apresentar algumas limitações no cotidiano, como dificuldade em combinar cores das roupas ou escolher frutas maduras. Entretanto, o indivíduo pode realizar algumas adaptações para melhorar sua qualidade de vida, tais como:

Convivendo

Crianças em idade escolar:

  Na idade escolar surgem as primeiras dificuldades com cores, como em desenhos e mapas, e os responsáveis devem ficar atentos a essas circunstâncias para não constranger a criança que alega ver cores diferentes de seus colegas. 

  Ser daltônico não é empecilho para o desenvolvimento e aprendizado, por isso as escolas devem promover alterações nos materiais para disponibilizar informações aos alunos com dificuldade em distinção de cores. Lápis de cores também podem ter o nome de cada cor gravado de modo a facilitar sua identificação. 

Automóveis:
  O daltonismo é uma anomalia que faz os portadores verem as cores de forma diferente, por isso é orientado não almejar profissões que exijam a visão perfeita, como, por exemplo, pilotos de avião. No entanto, de pouco interfere o portador possuir carteira de motorista, uma vez que é possível associar a posição e cores das luzes do semáforo e assimilar seu significado.

 Websites:

  A leitura e entendimento de gráficos coloridos e textos sublinhados são, muitas vezes, prejudicados de acordo com o esquema de cores utilizados. Por isso, navegar em websites coloridos da internet pode ser desafiador para um daltônico. Na maioria das vezes, o paciente enxergará o cinza no lugar do texto com cores, o que pode gerar a interpretação errada ou perda de informações relevantes. 

  Atualmente, existem programas desenvolvidos que fazem transformações nas cores e colocam em posições diferentes, de forma a diferenciá-las e facilitar a navegação online para um daltônico. 


  Ao se tratar de uma herança genética, o daltonismo não possui formas conhecidas de prevenção. No entanto, quando for um defeito adquirido, pode regredir ou estabilizar desde que a causa seja combatida ou prevenida com antecedência a partir de exames frequentes. 

 Para reduzir as chances de adquirir alterações na visão das cores, medicamentos devem ser utilizados somente sob a prescrição do médico. 



Daltonismo

Tipos de Daltonismo

Protanomalia



 Protanomalia é deficiência parcial dos receptores vermelhos. É possível distinguir alguns tons entre o vermelho e o verde, a protanomalia resulta numa sensibilidade menor e no escurecimento dessa cor e semelhantes. Pode gerar confusão entre o vermelho e o preto.


Deuteranomalia


  A deuteranomalia é a deficiência parcial dos receptores verdes. É responsável por grande parte dos casos de daltonismo e resulta na dificuldade em identificar o verde.



Tritanomalia




  A tritanomalia é a deficiência parcial dos receptores azuis, o que prejudica a identificação de cores na faixa do azul e amarelo.


Daltonismo

Tipos de Daltonismo:

Monocromático




  Também conhecido por daltonismo acromático, esse tipo de daltonismo é o mais raro pois a pessoa afetada apenas é capaz de enxergar as coisas em branco, preto e em alguns tons de cinza, sendo assim, eles não conhecem as demais cores existentes. Isso ocorre quando os cones oculares não funcionam da forma correta e a pessoa só pode usar os bastões que diferenciam bastões de luz e escuridão como informação visual. 
 O monocromata típico pode ser definido pelo monocromatismo de bastonetes, tendo então a falta de cones; já o monocromata atípico possui monocromatismo de cones que ocorre ao fato do indivíduo possuir apenas um tipo de cone, sendo este muito raro para os humanos.

Dicromático



 Esse tipo de daltonismo é caracterizado pela falta de receptores de cores do indivíduo, para três cores específicas: azul, vermelho e verde. Quando o problema é no cone vermelho, trata-se de protanopia, quando é no cone azul, trata-se de tritanopia, e quando é no cone verde, deuteranopia.

Protanopia



  Como já mencionado anteriormente, a protanopia trata-se sobre um problema no cone vermelho, ou de comprimento de onda longo, que faz com que o indivíduo em questão seja incapaz de discriminar as cores no segmento verde-amarelo-vermelho.


Daltonismo

Tipos de Daltonismo 


Existem três grupos diferentes entre eles e são repartidos em manifestações:

Deuteranopia e Deuteranomalia


  Deuteranopia e deuteranomalia são as formas mais comuns de cegueira das cores. Pessoas com essas condições têm cones que são insensíveis as ondas média, mas o resultado final é semelhante ao protanopia, com a ressalva de que não percebem com vermelhos escuros.

Tritanopia


Tritanopia é muito menos comum do que os outros tipos. Se trata da insensibilidade as ondas curtas. Em geral, azuis e verdes podem ser confundidos, mas amarelos também são afetadas na medida em que parece que pode desaparecer ou aparecer como leves tons de vermelho.

Tricromacia Anômala



  Se trata de alterações em um dos três pigmentos dos cones, alterando a sua sensibilidade ao espectro da luz visível. Capacidade normal de visão de cor.

Daltonismo

Causas



Os cromossomos são longas sequências do DNA que contêm genes, instruções para o desenvolvimento de células, tecidos e órgãos de cada ser humano. A partir de sua estrutura, é definido o sexo de uma criança em pares de XX, no caso de mulheres, e XY, no caso de homens. O daltonismo é uma anomalia ligada diretamente ao cromossomo X, que o torna uma condição genética, normalmente, herdada por seus pais.
Raramente o transtorno afeta as mulheres, pois possuem dois cromossomos X e, caso receba de um dos pais com a mutação genética, o outro, que é normal, compensa a alteração e não a torna portadora da doença. Entretanto, a pessoa se torna portadora do gene defeituoso e pode transmiti-los para seus descendentes. Quando ambos os pais possuírem os genes danificados do daltonismo, sua filha também apresentará a anomalia. Em homens, no entanto, receber um cromossomo X danificado é o suficiente para torná-lo portador do daltonismo.
Nos casos raros, o daltonismo é um defeito adquirido ao longo dos anos e não uma herança genética, de forma que pode regredir ou estabilizar desde que a causa seja devidamente tratada. Outros fatores também podem danificar as células da retina, causando deficiência visual das cores


Daltonismo

Mecanismos



A retina é a parte do olho onde imagens são formadas e, posteriormente, transmitidas ao cérebro através do nervo óptico. Numa retina normal, existem dois tipos de células sensíveis à luminosidade: os cones e os bastonetes.
Os bastonetes são responsáveis pela visão noturna e não são sensíveis à diferenciação de cor. Já os cones possuem três tipos: o tritan(azul), deuteran(verde) e o protan(vermelho), responsáveis pela visão diurna e a percepção das cores. Todos os tons existentes derivam da combinação dessas três cores primárias, de maneira que a ausência ou mutação desses receptores causará os sintomas do daltonismo